Panetones, uma história a parte!
- Vanessa e Marcelo
- 22 de dez. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 12 de abr. de 2021
Então é Natal... não temos a Simome cantando (ufa!) e até o momento nenhuma reprise do Esqueceram de mim... rs.. só de outros, tão antigos quanto. Enfim, não vimos nada disso, mas em nossas andanças vimos panetones... quanta variedade, como aí, claro, mas diferentes! e por falar nele, você sabe a história do surgimento dessa iguaria natalian? NÃO?! fiquem tranquilos, depois desse post serão experts no assunto... hahahaha
ahhhh e logo depois dos textos, algumas imagens dos respectivos e com licença, vamos morder o nosso!...
O “PANETTONE” VEM DO "PAN DE TONI"?
Segundo essa chave etimológica, Toni, humilde copeiro da cozinha de Ludovico il Moro, seria o inventor de uma das sobremesas mais características da tradição italiana. Aqui está a história: na véspera do Natal, o chefe Sforza queima o bolo preparado para o banquete ducal. Toni, então, decide sacrificar a massa de fermento-mãe que reservou para o Natal. Trabalha bem a massa com farinha, ovos, açúcar, passas e frutas cristalizadas até obter uma massa macia e muito levedada. O resultado é um sucesso incrível que Ludovico il Moro intitulou Pan de Toni em homenagem ao criador.
O ANTECESSOR DE TONI NÃO É TÃO CLARO
Toni disputa o posto de criador do panetone com outros confeiteiros, entre os quais se destacam Ughetto dos Atellani e a irmã Ughetta. O lugar da disputa, porém, não é a história, mas o imaginário coletivo: o de Toni e os outros são lendas concebidas entre o final do século XIX e o início do século XX, para enobrecer ainda mais o que já é orgulho da gastronomia milanesa. Ughetto e Ughetta, entre outras coisas, são nomes relacionados à palavra que em milanês significa passas: ughett.
A VERDADEIRA ORIGEM DO PANETONE
A verdadeira origem do panetone encontra-se no costume difundido na Idade Média de celebrar o Natal com um pão mais rico do que o pão de cada dia. Um manuscrito do final do século XV de Giorgio Valagussa, tutor da casa Sforza, atesta o costume ducal de celebrar o chamado "rito do tronco". Na noite de 24 de dezembro, um grande tronco de madeira foi colocado na lareira e, ao mesmo tempo, três grandes pães de trigo foram trazidos à mesa, uma matéria-prima de grande valor para a época. O chefe da família serviu uma fatia a todos os convivas, reservando uma para o ano seguinte, em sinal de continuidade.
UMA TRADIÇÃO DE NATAL
Outra realidade histórica também confirma a derivação do panetone do grande pão de trigo de Natal: até 1395 todos os fornos de Milão podiam assar pão de trigo apenas no Natal para homenagear seus clientes regulares, exceto o prestino dei Rosti*, fornecedor dos mais ricos. O costume de comer pão de trigo no Natal, portanto, é muito antigo. Isso não é surpreendente, porque muitas outras cidades italianas e europeias compartilhavam o costume do pão enriquecido da festa.
*Prestino dei Rosti era o único forno, em Milão, que assava pão de trigo o ano todo, pois era artigo de luxo.
Fonte: https://www.flamigni.it/storia-del-panettone
O PANETONE ORIGINAL TINHA AÇÚCAR E ABÓBORA!
O panetone, agora um símbolo nacional do Natal, delicia os paladares milaneses desde 1200 DC., mas tradicionalmente era produzido durante todo o ano em um formato menor (panattonin) e era enriquecido com mel e abóbora.
A versão mais plausível atribui a origem do nome à expressão "pan de ton", que significa "pão importante" ou destinado a ocasiões especiais. Era um grande pão pesando uma libra (cerca de 453 g) com o formato de um grande pão redondo baixo e não alto, como é usado hoje, devido ao maior fermento.
Na véspera de Natal, era tarefa do chefe de família cortar uma fatia grande de pão e distribuí-la a cada membro como um desejo de saúde e prosperidade.
A tradição milanesa também diz que no dia 3 de fevereiro, dia de San Biagio, você só come um pedaço de panetone velho comprado no Natal para proteger a garganta: "Sant Bias el benediss la gorge e el nas".
Hoje existem muitas variações no mercado, mas a receita tradicional inclui apenas estes ingredientes: farinha, fermento para pão, manteiga, ovos, açúcar, sal, passas, casca de laranja cristalizadas e cidra.
Fonte: https://www.ilcuocoincamicia.com/panettone/
Viram, nada de segredos obscuros nos calabouços do Vaticano... rs... apenas algumas possibilidades de conhecimento... e aí, qual seu favorito?












Existem panetones altos como nós conhecemos mas tem também uns mais largos e mais baixos, como um formato de pão italiano, sabe?
Eu achei que no Brasil existia criatividade para mudar os sabores do panetone, mas vejo que por aqui eles não ficam pra trás...além desses ai que tiramos foto nos mercados, tem também com recheio de creme de pistache, mascarpone com chocolate, creme de avelã, mas não vimos nenhum de Nutalla...rs.
Um mais gostoso que o outro Interessante a história